Mais contribuição para a série “adivinha quem era nazista e você não sabia?”
Hoje, a Hugo Boss fabrica desde canetas a perfumes, passando por roupas e calçados. Os preços ficam longe do acesso da grande maioria. Mas não era assim quando a empresa foi fundada e batizada com o nome de seu criador.
Quando abriu as portas em 1924, na cidade alemã de Metzingen, era uma confecção que empregava entre 20 e 30 costureiras. Permaneceu modesta até 1931. Neste ano, Boss estava à beira da falência e filiou-se ao partido nazista. Não à toa, as coisas melhoraram. O partido passou a encomendar-lhe uniformes. Logo depois, vieram pedidos para as tropas SA e SS, além da Juventude Hitlerista.
Mas o pior veio durante a Segunda Guerra. Sob a alegação de escassez de mão de obra, a empresa explorou o trabalho de 140 trabalhadores em condições de escravidão. A maioria, mulheres.
Apesar disso tudo, durante os julgamentos de desnazificação na Alemanha, Boss foi considerado apenas um seguidor. Alguém que obedecia ao regime sem estar ativamente engajado em sua política. Ficou barato pra ele.
Após a guerra, a empresa começou a fabricar uniformes para as forças de ocupação francesas e a Cruz Vermelha. Na década de 1950, passou a vender ternos. Em 1969, os irmãos Jochen e Uwe Holy assumiram a empresa e a transformaram no grupo de moda internacional que é hoje.
As informações acima são do livro "Hugo Boss, 1924-1945. A história de uma fábrica de roupas durante o República de Weimar e o Terceiro Reich", sem tradução para o português.
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Blog de Sérgio Domingues, com comentários curtos sobre assuntos diversos, procurando sempre ajudar no combate à exploração e opressão.
24 de junho de 2023
Quando o boss de Hugo era Hitler
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Parabens para Hugo Boss. Não fez nada de diferente da Rede Globo, dos bancos, e das industrias brasileiras durante o regime militar. Aliás, e de todos os que estão sendo alavancados, agora, com o retorno de desenvolvimentismo de Haddad.
ResponderExcluirVerdade. E por lá, Volskwagen, Telefunken, IBM e outros também ficaram incólumes. Boss é regra, não exceção
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