“Desesperadamente
otimista”, foi assim que Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, declarou
estar se sentindo quanto ao futuro próximo da economia mundial.
Foi
na reunião anual entre Banco Mundial e FMI,
ocorrida de 9 a 14/10/2018, na Indonésia. Provavelmente, ela quis dizer que precisa
estar otimista ou terá que admitir que é grande a possibilidade de uma nova catástrofe
econômica para breve.
Entre
as maiores preocupações, um nível de endividamento jamais visto desde a Segunda
Guerra, a guerra comercial entre Estados Unidos e China e as “fintechs”. Estas últimas
são a mais recente invenção infernal do capital.
As
fintechs são instituições financeiras de alta tecnologia, que fogem às regulamentações
do setor. Por isso, até recentemente, eram chamadas de “bancos das sombras”.
Ganharam
status de “novas tecnologias”, mas continuam perigosas. Talvez, um novo tipo de
subprime, que, tal como as fintechs, surgiu com o pretexto de facilitar crédito
aos mais pobres.
Enquanto
isso, no Brasil, não poderíamos estar em pior situação para enfrentar um novo
surto da crise que começou em 2008. O governo eleito prometeu coisas contraditórias
a públicos diferentes.
Se
apresenta tanto como protetor da soberania nacional, como ultraliberal, disposto
a escancarar a economia aos investimentos estrangeiros.
Afirma
que não quer vender o país para a China, mas ataca o Mercosul, cujo
enfraquecimento poderia deixar terreno livre para o capital chinês.
Para
não falar na disposição de lidar com crises sociais decorrentes de uma nova recessão
mundial na base da repressão mais brutal.
Enfim,
tal como a diretora do FMI, também estamos desesperadamente otimistas, mas
nosso otimismo depende demais de nossa vontade. Que ela seja poderosa.
Leia
também: Lutar.
Sempre!
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