Emir
Sader no artigo “As raízes do golpismo da direita brasileira” afirma: “Quem não
tem povo, apela para métodos golpistas, ontem com os militares e a mídia, hoje
com a mídia e o Judiciário”. Ambos parecem esquecidos das avaliações que grande parte da esquerda fez sobre uma das
principais razões do golpe de 1964: a confiança no inimigo.
João Goulart, Brizola, Luis Carlos Prestes acreditavam no “dispositivo militar” e no movimento sindical. Qualquer golpe da direita seria derrotado por tropas leais e uma greve geral. Na verdade, todos confiavam na lealdade dos militares. Mas estes estavam ocupados demais preparando o golpe.
O
golpe que Sader teme viria da grande mídia, que vem sendo alimentada por astronômicas
verbas federais. E aconteceria sob o olhar omisso do Judiciário, que teve a maioria
de sua cúpula indicada por governos petistas. Quanto aos empresários que decepcionam
Carta, vivem dos gordos financiamentos do BNDES.
Melhor
ouvir um equilibrado e insuspeito petista. Trata-se de Ricardo Kotscho,
ex-assessor de Lula:
É
preciso ter a grandeza de vir a público para tratar francamente tanto do caso
do mensalão como do esquema de corrupção denunciado pela Operação Porto Seguro,
a partir do escritório da Presidência da República em São Paulo, pois não
podemos eternamente apenas culpar os adversários pelos males que nos afligem.
Isso não resolve.
Leia
também: As
maiores vítimas do julgamento do mensalão
Década de 60 é uma coisa, , década de 10 é outra bem diferente. Eu fico pra entender com um cara do nivel do Sader pode descer tão baixo. Eu tem vergonha por ele.
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