A
dívida bruta dos Estados da zona do euro representava 86% do PIB dos 17 países
em 2011. A dívida pública grega representava 162% do PIB grego em 2011. Por seu
turno, as dívidas do setor financeiro representam 311% do PIB, ou seja, o
dobro. A dívida pública espanhola atingiu 62% do PIB em 2011. No entanto, as
dívidas do setor financeiro atingiram 203%, ou seja, o triplo da dívida
pública.
Mesmo
assim, todos os pacotes de ajuda usando dinheiro público beneficiaram bancos privados
endividados.
Enquanto
isso, o título da reportagem de Naira Hofmeister fala por si só: “Bancos
desalojam 500 famílias espanholas por dia”. Segundo Naira, a “previsão das
associações de consumidores é de que até o final de 2012 o número total de
desalojamentos forçados ultrapasse os 100 mil”.
É
pior que do que parece. Por causa da crise, os imóveis ficam vazios, mas os
despejados continuam endividados. “Os débitos variam entre 150 e 300 mil
euros”, diz a reportagem. O resultado foi um aumento nos suicídios: “Em 40 dias, quatro pessoas”.
Na
grande crise de 1929, ficaram famosos os suicídios de empresários e banqueiros
falidos. Hoje, ganharam uma bilionária rede de proteção dos governos. Tal como
eles, o capitalismo não cometerá suicídio. Cabe aos explorados e oprimidos
voltar contra o sistema seu próprio instinto assassino. Manifestações e Greve Geral neles!
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