No
mesmo dia, reportagem de Carolina Jardim para O Globo afirmava: “Resultado ruim
de bancos e financeiras contribuiu para expansão fraca do PIB”. Para o IBGE, o
setor de serviços seria responsável pela queda nos números. Mais
especificamente, a atividade financeira, que sofreu o maior recuo desde o auge
da crise econômica mundial, em 2008.
Os
motivos? Queda nos juros e alta na inadimplência. Se este diagnóstico estiver
correto, poderia sinalizar dois problemas sérios. O primeiro é óbvio. O
crescimento da inadimplência indicaria problemas para manter os níveis de
consumo que vêm conservando a economia a uma distância segura da crise.
Mas
o mais grave não é isso. Por anos, a grande maioria dos economistas acreditou
que juros altos são inimigos do crescimento econômico. Não faz sentido que a
queda de juros venha, agora, a provocar queda no PIB.
Não
seria um sinal de que a economia brasileira chegou a um nível de
financeirização alto demais? Tão alto que se tornou dependente da especulação
financeira? Seria como alguém em estado avançado de dependêcia química.
Diminuir as doses causa males ainda maiores que a própria droga.
Para
muitos, é um mistério que a economia brasileira ainda não tenha sido afetada
seriamente pela crise econômica mundial. A solução desse mistério poderia estar
perto de ser revelada? Talvez, em breve, saibamos. E pode não ser muito agradável.
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aderindo a modas perigosas
Esse pessoal só pensa no curto prazo.
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