As mais recentes vítimas da
ação criminosa da PM são da favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Dois mortos
juntam-se a uma lista que não para de crescer. Muito provavelmente, não serão os
últimos. Pelo menos, é o que se deduz das providências sobre segurança que
cercam a realização da Copa do Mundo.
Matéria da Folha de S. Paulo,
por exemplo, anunciou em 21/04: “Paramilitares americanos treinam policiais
brasileiros para a Copa”. A reportagem refere-se à Blackwater, empresa que “ficou
conhecida por agir como um exército terceirizado dos Estados Unidos, com
mercenários atuando nas guerras do Iraque e do Afeganistão”. Na ficha de
serviços da corporação, 17 civis iraquianos mortos no massacre da Praça Nisour,
em 2007. Mas deve haver muito mais.
Dizem que o Mossad, o
violento serviço secreto israelense, também vem ajudando nos preparativos para as
operações de vigilância e repressão.
Mas as tropas brasileiras
também foram buscar experiência fora do País. Os próprios comandantes da
vergonhosa ocupação militar do Haiti liderada por militares canarinhos admitem:
a operação serviu como treinamento para as operações executadas em favelas no
Brasil. Informação mais que confirmada pela atuação dos soldados nas UPPs.
Pelo jeito, o mais importante
torneio de futebol do mundo deve ficar em segundo plano. O verdadeiro
campeonato já está acontecendo. Envolve diversas forças repressivas. Suas
equipes procuram pelo melhor desempenho no castigo a pobres, negros e
militantes sociais.
Já os governantes e
autoridades em geral disputam os melhores lugares nas tribunas de honra. Não querem
perder um lance e estão dispostos a premiar generosamente os vencedores.
Leia também: O legado da Copa é a
luta
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