Doses maiores

15 de abril de 2014

Educação e escolas têm pouco em comum

“Deixe tudo que for indígena dentro de você morrer”. O Capitão Richard Henry Pratt costumava dirigir essas palavras aos alunos de sua escola para índios, fundada na Pensilvânia, Estados Unidos. Outra afirmação de mesmo quilate é de Ellwood P. Cubberly, respeitado professor da Universidade de Educação de Stanford:

Nossas escolas são, em certo sentido, fábricas, nas quais as matérias primas -crianças- são moldadas e modeladas em produtos. As especificações para a produção vêm das demandas da civilização do século XX, e é o dever da escola construir seus alunos de acordo com as especificações dadas.

Para William Torrey Harris, ministro da Educação dos Estados Unidos, o ensino é melhor praticado “em lugares feios, escuros e sem ar”. Isso afastaria o indivíduo das belezas do mundo exterior. O educador Thomas Babington Macaulay pretendia que as escolas coloniais inglesas na Índia tornassem as crianças nativas “brancas por dentro”.

Todas essas “pérolas” de estupidez pedagógica são do século 19. Mas as escolas continuam a aperfeiçoar estas ideias absurdas. Albert Einstein sempre foi um aluno considerado medíocre. Fez o que fez na ciência apesar da escola, não por causa dela. Não à toa, disse uma vez:

É quase um milagre que os métodos modernos de instrução não tenham exterminado completamente a sagrada sede de saber, pois essa planta frágil da curiosidade científica necessita, além de estímulo, especialmente de liberdade; sem ela, fenece e morre.

Estas e outras frases estão no documentário “Escolarizando o Mundo”, que pode ser encontrado facilmente na internete. A produção mostra mais uma vez que escolas e educação têm muito pouco em comum.

Leia também: A casa das estrelas e as fábricas de zumbis

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