Doses maiores

5 de junho de 2014

O egoísmo de classe escolheu a catástrofe ambiental

Hoje é Dia Mundial do Meio Ambiente. Nada a comemorar. Sérios problemas ambientais atingem o planeta. As previsões de mais desastres no futuro se multiplicam. Mas isso já aconteceu muitas vezes antes.

É o que mostra, por exemplo, o livro “Colapso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso”, do geógrafo Jared Diamond. Segundo a obra, algumas grandes civilizações do passado teriam fracassado ou desaparecido devido a catástrofes ambientais.

Exemplos famosos seriam o que aconteceu aos maias e aos habitantes da Ilha de Páscoa. Ambos os povos teriam desaparecido devido ao abuso de seus recursos naturais. Principalmente, pelo  desmatamento descontrolado.

No entanto, não somos apenas mais um caso nessa história humana desastrada. Uma grande diferença é a escala. O que aconteceu com outros povos em outros momentos da história teve alcance limitado. Nem de longe mexeu com o clima do planeta como estamos fazendo, por exemplo.

Outra grande diferença é que nossos conhecimentos permitem saber que medidas tomar para deter o processo destrutivo que nós mesmos desencadeamos. A principal delas seria trocar os combustíveis fósseis por energia mais limpa.

Mas há algo que nos aproxima do que aconteceu com os maias. Segundo Diamond, um dos fatores que os arruinou foi a cegueira de sua camada dirigente, voltada para o enriquecimento em curto prazo, guerras, construção de monumentos e para a competição mútua.

Antes, como agora, o egoísmo de classe continua sendo fator de destruição. Os atuais dirigentes são mundiais e já provaram que não vão mudar seu comportamento. Escolheram o fracasso há muito tempo. Resta aos que somos dirigidos buscar o sucesso em nossas lutas.

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