Por se tratar de uma técnica, afirma o autor, ela pode ser ensinada e transmitida. E é o que vemos acontecer por meio dos milhares de olavistas espalhados pela internete.
Rocha destaca vários procedimentos que caracterizam essa técnica. Um deles é a ”desqualificação nulificadora”, que “autoriza a completa desumanização de todo aquele que não seja espelho” das convicções de quem fala.
Muito típico desse procedimento são alguns títulos de vídeos postados no Youtube: “Fulano destrói argumentos de petista” ou “Ciclano detona mimimi de feminista”...
Outro recurso é a redundância, cuja monotonia “pretende antecipar qualquer possível crítica pelo reforço deselegante”, diz o autor.
“A CNBB, enquanto entidade, é parte integrante do movimento comunista, e nada mais”, diz Olavo. Ora, lembra Rocha:
A CNBB, salvo engano, não é outra coisa senão uma entidade! O aposto “enquanto entidade” é mais uma redundância definidora de uma escrita autoritária, pois, ao fim e ao cabo, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil não poderia ser outra coisa.
Essa redundância frequentemente também assume uma forma hiperbólica: os comunistas aguardam o “momento certo de virar o jogo”. Para isso, podem esperar “dez, vinte, trinta anos, gerações inteiras”.
Ou seja, ironiza Rocha, “ao que tudo indica, alguns desses bastardos da foice e do martelo – malditos sejam! – descobriram a fonte da eterna juventude”. Para os olavistas, diz ele, “como um verdadeiro Jó pós-moderno, o ódio revolucionário é paciente”.
Quisera fosse.
Amanhã, tem mais. Infelizmente...
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Ótimo Serginho!!!
ResponderExcluirObrigado!
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