A afirmação acima está no livro de João Cezar de Castro Rocha, “Guerra cultural e retórica do ódio”. E ele acrescenta:
Reúna anticomunismo paranoico com uma ideia mofada de alta cultura, acrescente teorias conspiratórias de dominação mundial com atribuição raivosa de analfabetismo funcional para todo aquele que discorde do “seu mestre mandou”, associe a lógica da refutação ao emprego consciente do mecanismo do bode expiatório, relacione a retórica do ódio com palavras de baixo calão e, se ainda assim houver algum contratempo, o mágico tira da cartola uma arrojada tentativa de tomada do poder
Trata-se de um sistema de crenças porque o que Olavo afirma ninguém tem o direito de refutar. O colunista Joel Pinheiro da Fonseca, da Folha, por exemplo, participou de algumas de suas “aulas”. Segundo ele:
Chegou-se ao ridículo de inventar a “virtude” conhecida como “humildade metódica”, segundo a qual o aluno, mesmo quando lhe parecer que Olavo está errado em um ponto particular, tem a obrigação de guardar a impressão para si.
Infelizmente, esse grande pilantra já entrou para a história nacional. Por isso, já foi comparado a Rasputin, o charlatão que fazia a cabeça da família do czar na Rússia imperial. Morreu pouco antes da Revolução Bolchevique.
Enquanto o Antigo Regime delirava, os trabalhadores russos preparavam sua vitória. Se dependêssemos só da existência de desvarios desse tipo entre nossos governantes, estaríamos muito bem.
Leia também: Olavo e a mentira a serviço da verdade
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