Dilma Roussef anunciou cinco
pactos “em favor do Brasil". Mas só o primeiro deles realmente vale. É o “pacto
pela responsabilidade fiscal” para controlar a inflação. (Como se o povo tivesse
ido para as ruas gritar contra a inflação). Este pacto já existe. Foi criado
pelos tucanos e continua mantendo o País como um dos campeões mundiais de
desigualdade social. É sua manutenção que determina todo o resto.
A convocação de um processo
constituinte para fazer a reforma política é muito perigosa. A Constituição não
é nenhuma maravilha. “Queimar com carvão, a Constituição”, dizia o MST quando
ela foi aprovada. Mas, desde então, conseguiram piorá-la muito. Uma
constituinte pode ser uma nova chance para acabar de vez com os direitos que
restam nela. Além disso, não há nada que impeça que os constituintes sejam eleitos
do mesmo modo que todos os outros parlamentares: pelo poder econômico.
Para melhorar a saúde pública,
não bastam mais médicos, estrangeiros ou não. É preciso combater o mercado
mercenário da saúde privada que sangra os já míseros recursos do setor público.
Quanto ao transporte público, 50 bilhões de reais de nada adiantarão se o setor
continuar sendo controlado por poucos e poderosos empresários.
Para a educação seriam destinados
100% dos royalties do petróleo. Qual educação? A dos grandes grupos privados
que vem sendo financiada por dinheiro público? E qual petróleo? Aquele cuja
exploração continua sendo privatizada?
São pactos em favor do Brasil,
sim, Dilma. Daquela minúscula parte dele que concentra riqueza e poder. Dificilmente,
acalmarão a ira popular. Certamente, já tranquilizam a classe dominante.
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