Em resposta a ações atribuídas a terroristas muçulmanos na Tunísia, Kuwait e
França, Estados Unidos, Inglaterra e França elevam alerta contra o terrorismo,
dizem os jornais.
Prepara-se nova onda de medidas para endurecer a repressão e aumentar a vigilância
estatais. Seus alvos são tanto as populações muçulmanas, como os movimentos
anticapitalistas. Ambos cada vez mais tratados como terroristas.
O pretexto que tenta legitimar tais ações é “o combate ao terrorismo”. A verdade
por trás da intenção é mais terror por parte de países imperialistas, como
Estados Unidos e Inglaterra, e seus satélites, como Israel e Arábia Saudita.
A resposta das forças populares anti-imperialistas e da esquerda em geral deve
partir do princípio que Reza Aslan defendeu em seu livro “No god but God”. Nesta obra, o autor
diz que não há um choque entre Ocidente e Islamismo. Ao contrário, é dentro do
Islã que a batalha decisiva vem sendo travada.
De um lado, aqueles que distorcem a fé islâmica para manter no poder minorias
tirânicas e aliadas do imperialismo. De outro, forças que lutam para derrotar a
minoria fanática do islamismo que fornece os pretextos que a ordem capitalista
utiliza para espalhar seu terror.
As armas desta batalha podem ser os fuzis, como na resistência curda ao Estado
Islâmico. Mas, na maioria dos casos, é a luta política e social que pode ser decisiva. E as forças islâmicas anticapitalistas são as únicas
capazes de derrotar o fanatismo muçulmano, jamais o fundamentalismo
imperialista.
Ou seja, se a luta de classes não vai a Maomé, Maomé precisa ir à luta de classes.
Leia também: As
origens igualitárias da fé muçulmana
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