O grande objetivo da 21ª
Convenção da ONU sobre Mudança Climática (COP-21) é reduzir o
ritmo de aumento da temperatura média global diminuindo a emissão dos gases resultantes
da atividade industrial.
Os primeiros países a fazer isso deveriam ser os altamente
poluentes. Pelo menos, é o que ficou determinado na Eco-92, no Rio de Janeiro. Mas
nenhum deles cumpriu suas metas de redução.
Agora, os países altamente industrializados estão dizendo
que o mundo mudou muito desde 1992. Países como Brasil, Índia, China também se tornaram
grandes poluidores. Deveriam ser responsabilizados na mesma medida.
O que ninguém diz é que grande parte dos lucros resultantes
dessa industrialização tardia continua a beneficiar os grandes poluidores desde
sempre. Eles exportaram a poluição para longe de seus territórios, mas
continuam recebendo seus benefícios através de suas multinacionais.
Os governos em geral dizem que reduzir a atividade
industrial causaria desemprego e sofrimento econômico. Pode ser, mas, o maior
temor mesmo é diminuir os lucros dos que financiam a eleição de praticamente todos
os participantes da COP 21.
Também foi aprovado em 1992 a ajuda financeira dos países
industrializados para a redução de emissões nos países menos poluidores. Mas poucos
recursos chegaram a estes últimos. E o maior debate da COP-21 continua sendo
sobre financiamento.
Nem tudo é polêmica, porém. Quem vai pagar mais no
combate à crise climática, não se sabe. Mas é fácil descobrir quem financia a própria
crise climática. A começar pela COP-21. EDF, Renault, Air France, BNP Paribas, entre
outras grandes empresas produtoras e consumidoras de petróleo e carvão, são os principais
patrocinadores do evento.
Leia também: COP-21: clima pesado para quem
luta pelo planeta
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