Começou a 21ª Convenção da ONU sobre
Mudança Climática (COP-21). São mais de 150 chefes de Estado em Paris.
Portanto, as chances de confusão são grandes.
Mas confusão, realmente, é a que
reina entre a grande maioria da população. O maior problema ambiental atual é o
aquecimento global. No entanto, há muita imprecisão quanto ao que esse fenômeno
significa.
Por exemplo, o aumento médio da
temperatura do planeta não impede que ocorram variações radicais de
temperatura, em que ondas de forte calor podem se alternar com ondas de frio
extremo. Esta alternância costuma ser explorada pelos que negam a elevação da
temperatura global.
Ocorre que há uma confusão entre
clima e tempo. O primeiro pode variar bastante em períodos curtos, como dias e
semanas. Já o acompanhamento do tempo, tem mostrado uma elevação constante das
temperaturas desde a Revolução Industrial, revelando suas causas humanas e a
impressão digital do capitalismo.
Mas surgiu uma outra confusão na COP-21.
Esta bem menos sutil. Segundo reportagem de Laurent Borredon e Adrien Pécout,
publicada no Portal Uol, em 01/12, dias antes da abertura do evento, “várias
buscas e prisões domiciliares foram feitas contra ativistas de ocupações e
ambientalistas em toda a França”.
As detenções foram feitas com base na
nova legislação sobre “estado de emergência”, aprovada sob o pretexto de
combater o terrorismo.
Às costumeiras confusões que
favorecem o grande capital poluidor, acrescente-se, agora, a muito conveniente
falta de distinção entre manifestantes e terroristas. Ou seja, o que se pode
prever com alguma exatidão é que as nuvens escuras e pesadas do fascismo de
Estado se acumulam no horizonte.
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