O Comitê Popular da Copa
e das Olimpíadas do Rio de Janeiro acaba de lançar o Dossiê Megaeventos e
Direitos Humanos no Rio de Janeiro. Trata-se de um levantamento detalhado das violações
dos direitos humanos causadas pelos megaeventos, desde a Copa do Mundo de 2014.
O foco agora são as
Olimpíadas 2016, envolvendo moradia, transportes, trabalho, esporte e segurança
pública, entre outras questões.
O irônico é que uma das
primeiras vítimas dos Jogos foi o próprio esporte. O estádio de atletismo Célio
de Barros, pertencente ao complexo do Maracanã, por exemplo, foi fechado em 2013.
Desde então, as cerca de
800 pessoas que frequentavam suas instalações diariamente estão sem onde treinar
e competir. A grande maioria formada por atletas sem dinheiro para acessar clubes
e academias.
Mais de 22 mil famílias já
foram removidas de maneira autoritária e injusta. Deslocadas para abrir espaço a
projetos imobiliários de alto luxo ou centros comerciais e empresariais.
Segundo o documento, o orçamento
da Olimpíada alcançaria RS 38,7 bilhões de reais. Mais de R$ 10 bilhões acima do
orçamento da Copa do Mundo, que construiu 12 arenas superfaturadas e voltadas
para a elite.
O dossiê também mostra que
o poder público entra com a maior parte desses recursos. De fato, como aconteceu
em outras sedes olímpicas, os Jogos são um pretexto para privatizar os espaços públicos
e expulsar os mais pobres de áreas posteriormente entregues à especulação imobiliária.
Talvez inspirados no
Olimpo dos deuses gregos, os três níveis de governo tentam tornar a cidade do Rio
de Janeiro um lugar confortável apenas para alguns poucos poderosos.
Baixe o dossiê aqui.
Meu caro, não consegui baixar.
ResponderExcluirVocê pode me enviar?
Abraços, Romilson.