Estão agendadas audiências públicas no Congresso Nacional
sobre a Medida Provisória da “Reforma do Ensino Médio”. Apesar da enorme
mobilização nacional de alunos e educadores contra a proposta, eles não serão
convidados.
Matéria de Helena Borges para o portal The Intercept-Brasil
informa quem será ouvido:
1-Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann,
pertencente a Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, com R$ 103,59
bilhões.
2-Ricardo Henriques, superintendente-executivo do
Instituto Unibanco, presidido por Pedro Moreira Salles, 9º colocado da lista
dos bilionários brasileiros, com R$ 12,96 bilhões.
3-Ana Inoue, consultora de educação da Fundação Itaú,
presidida por Alfredo Egydio Setubal. Junto com Pedro Moreira Salles é membro
do conselho administrativo do banco Itaú-Unibanco.
4-Anna Penido, diretora executiva do Instituto Inspirare,
presidido por Bernardo Gradin, o 47º colocado entre os maiores bilionários do
Brasil. Ex-acionista da Odebrecht, foi citado na Operação Lava Jato.
5-Priscila Fonseca da Cruz, presidente-executiva do
“Todos pela Educação”, que tem como uma de suas principais lideranças Jorge
Gerdau, cujo nome aparece na lista dos “Panama Papers”, que relaciona empresários
que teriam contas bancárias em paraísos fiscais.
6-David Saad, Diretor-presidente do Instituto Natura, com
fortuna de R$ 4,12 bilhões. A instituição também participa do Instituto de Co-Responsabilidade
pela Educação (ICE), que presta consultorias a secretarias estaduais de
educação.
7-Marcos Magalhães é Presidente do ICE, que aparece aí
acima. Ele não é milionário, mas uma de suas frases certamente representa a turma toda: “A
gente fala que pedagogo tem visão um pouco, digamos, estreita do que é modelo
educacional.”
Talvez, ele pretendesse se referir ao “mercado
educacional” no lugar de “modelo educacional”.
Leia também: Sobre os truques dos ilusionistas do
poder
Boca no Trombone minha gente!
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