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16 de maio de 2019

As “milícias” de Hitler

A sigla SA em alemão significa "Tropas de Assalto". Elas formavam uma força paramilitar que atuou durante a ascensão de Hitler ao poder. Eram lideradas por Ernst Röhm, ex-capitão do exército, comandante habilidoso e homossexual assumido.

As SA foram fundamentais para a chegada dos nazistas ao governo. Vestindo uniformes pardos, seus membros surravam ou matavam judeus, sindicalistas e militantes de esquerda em geral. Mas também eram baderneiros descontrolados.

Por isso e pela homossexualidade de seu comandante, as SA não eram bem vistas pelo alto comando militar alemão. Sua existência complicava o reconhecimento de Hitler como comandante supremo das Forças Armadas alemãs.

Uma vez no poder, passou interessar ao Führer a extinção das SA. Como isso não estava nos planos de Röhm, ele e seus comandados acabaram eliminados no episódio conhecido como a “Noite das Facas Longas”.

Naquela noite de julho de 1934, a Gestapo realizou uma série de execuções. Mas suas vítimas não foram apenas membros das SA. Opositores do nazismo também foram presos ou executados. Incluindo, personalidades da elite da época.

O relato acima baseia-se em um verbete da Wikipédia.

Buscar paralelos entre a ascensão do nazi-fascismo e situações políticas atuais pode levar a muitos equívocos.

Haveria milícias uniformizadas e atuantes como as SA no Brasil de Bolsonaro, por exemplo? Certamente, não. Mas não faltariam candidatos ao papel. Portanto, seria importante ficarmos preparados para enfrentar o surgimento de algo parecido.

Mas o relato também serve para mostrar como graves contradições podem surgir entre as próprias forças da extrema direita. E que até mesmo o morticínio entre elas não é necessariamente evidência de seu enfraquecimento.

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