As últimas pílulas expuseram uma série de análises e elementos sobre o cenário para as eleições de 2022. Na primeira dessas pílulas, Marcos Nobre considerava Bolsonaro candidato fortíssimo à reeleição.
As análises que se seguiram chegavam a conclusões semelhantes. Bolsonaro atravessa seu pior momento, mas ainda contaria com uma série de fatores que poderiam virar o jogo a seu favor.
Os acontecimentos da última semana, com o escândalo da Covaxin em meio à CPI da Pandemia, parecem ter piorado muito a situação de Bolsonaro. Mas, ainda assim, é preciso cautela na análise e ousadia na ação.
Esperar uma derrota do atual governo impulsionada apenas pelo alto é perigoso. As próximas semanas serão decisivas para o destino de Bolsonaro, mas o mais provável é que o andar de cima não arrisque um impeachment.
Um Bolsonaro fraco demais para ser reeleito seria mais útil para também tornar menos necessária a candidatura Lula, única alternativa eleitoral viável atualmente.
Por outro lado, há tempo suficiente para que, mantido em seu posto, e contando com alguma sorte, Bolsonaro se recupere. Volte a se credenciar como alternativa para uma elite incapaz de substituí-lo e que teima na ingratidão em relação a todos os bons serviços que Lula lhe prestou.
A única maneira que as forças populares têm de influenciar nesse processo é mantendo e ampliando suas manifestações e protestos. Inclusive, para que negociações que envolvam um possível governo petista de “salvação nacional” sejam obrigadas a incluir a reversão dos inúmeros ataques a conquistas históricas dos oprimidos e explorados.
Como em outros momentos decisivos, a saída tem que ser por baixo.
Leia também: Bolsonaro: testa de ferro do Partido dos Militares?
Boa, muito boa análise. Gostei muito dessa frase: "Mas, ainda assim, é preciso cautela na análise e ousadia na ação."
ResponderExcluirValeu!
ExcluirGosto muito de suas publicações. Pílulas objetivas, esclarecedoras, bem fundamentadas.
ResponderExcluirOpa! Obrigado
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