Em 1924 , os Estados Unidos aprovaram a Lei Johnson-Reed que impedia a entrada de imigrantes da Ásia e estabelecia cotas para aqueles vindos do sul e do leste da Europa.
Em seu livro “Mein Kampf”, Hitler saudou a lei como o início “de uma perspectiva que é específica da concepção racista de Estado”. Não à toa, as relações entre eugenistas estadunidenses e alemães eram estreitas desde antes da Primeira Guerra.
Em nome dessas relações amistosas, a Fundação Rockefeller contribuiu financeiramente para o movimento eugenista tanto nos Estados Unidos como na Alemanha, inclusive entre 1933 e 1939, período de auge do poder de Hitler.
Em 1934, o diretor de Ciências da Natureza da Fundação Rockefeller, Warren Weaver, perguntava “se será possível desenvolver uma genética tão extensiva e bem fundamentada que possa viabilizar a criação, no futuro, de homens superiores”. Era precisamente a esta questão que Hitler pretendeu responder do modo que ficou tragicamente notório nos anos seguintes.
Em 1932, quando era previsível a tomada iminente do poder pelos nazistas, o Eugenical News, verdadeiro órgão oficial do movimento eugenista norte-americano, publicara dois artigos em louvor ao programa racial de Hitler.
Se definirmos o nacional-socialismo como a aplicação à política de critérios procedentes da biologia, então as leis eugenistas promulgadas por vários governos “democráticos” no mundo não foram menos hitlerianas. Com certeza, os princípios eugenistas continuam por trás do racismo e das políticas que o sustentam pelo mundo. O nazismo foi derrotado, mas não algumas de suas principais ideias.
Com essa pílula, encerram-se os comentários sobre eugenia a partir do livro “Labirtintos do Fascismo”, de João Bernardo.
Leia também: A suja história da eugenia nas “democracias”
Boa seleção de Pílulas desse livro. Me pôs a pensar de como o nazismo não foi um fenômeno alemão, ele tem vários tentáculos no mundo inteiro desse sistema eugenista chamado capitalismo.
ResponderExcluirExatamente isso aí. Valeu
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