Exercer o poder é como tocar violino, dizem. A mão
esquerda segura, mas é a direita que toca.
A comparação serviria para os governos petistas, não tivessem seu lado canhoto completamente
paralisado.
Mas não é por isso que a metáfora não serve. O governo é apenas um dos inúmeros instrumentos que compõem a grande orquestra do poder.
Controlar o Executivo está longe de determinar que música devem dançar Legislativo, Judiciário, Exército e forças policiais.
A Câmara Federal, por exemplo, acaba de aprovar a terceirização total e uma de suas comissões decidiu alterar a definição de trabalho escravo em favor dos escravocratas.
A redução da maioridade penal avança, enquanto projetos sobre direito ao aborto e contra a homofobia foram engavetados.
Tudo isso graças exatamente à maioria parlamentar que o governo imaginava reger.
O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a lei das Organizações Sociais. Setores essenciais, como saúde e educação, podem continuar contratando entidades “pilantrópicas” para empregar sem concurso, comprar sem licitação e usar o patrimônio público para lucrar.
A decisão foi tomada contra ação ajuizada pelos petistas, em 1998, por uma maioria de magistrados indicada pelo próprio PT, mais recentemente.
Mas o violinista petista não poupa esforços. Novamente revelou-se ambidestro ao editar medidas provisórias que cortam direitos sociais. Também pretende abrir à exploração do mercado parte da Caixa Econômica Federal e ofertar aeroportos, rodovias e ferrovias em nova onda de privatizações.
Enquanto isso, Joaquim Levy prepara seu concerto triunfante certo de que vai brilhar no ritmo de bate-estaca neoliberal que lhe foi encomendado.
O grande capital rege a música sem dar-se ao trabalho de mover os braços.
Leia também: A receita lulista para o desastre perfeito
Mas não é por isso que a metáfora não serve. O governo é apenas um dos inúmeros instrumentos que compõem a grande orquestra do poder.
Controlar o Executivo está longe de determinar que música devem dançar Legislativo, Judiciário, Exército e forças policiais.
A Câmara Federal, por exemplo, acaba de aprovar a terceirização total e uma de suas comissões decidiu alterar a definição de trabalho escravo em favor dos escravocratas.
A redução da maioridade penal avança, enquanto projetos sobre direito ao aborto e contra a homofobia foram engavetados.
Tudo isso graças exatamente à maioria parlamentar que o governo imaginava reger.
O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a lei das Organizações Sociais. Setores essenciais, como saúde e educação, podem continuar contratando entidades “pilantrópicas” para empregar sem concurso, comprar sem licitação e usar o patrimônio público para lucrar.
A decisão foi tomada contra ação ajuizada pelos petistas, em 1998, por uma maioria de magistrados indicada pelo próprio PT, mais recentemente.
Mas o violinista petista não poupa esforços. Novamente revelou-se ambidestro ao editar medidas provisórias que cortam direitos sociais. Também pretende abrir à exploração do mercado parte da Caixa Econômica Federal e ofertar aeroportos, rodovias e ferrovias em nova onda de privatizações.
Enquanto isso, Joaquim Levy prepara seu concerto triunfante certo de que vai brilhar no ritmo de bate-estaca neoliberal que lhe foi encomendado.
O grande capital rege a música sem dar-se ao trabalho de mover os braços.
Leia também: A receita lulista para o desastre perfeito
Nenhum comentário:
Postar um comentário