Em 28/11,
Marcos Coimbra publicou artigo na Carta Capital sobre as eleições de 2018. Segundo
ele, “a oposição de esquerda está em vantagem e o governismo vai mal”.
Presidente
do instituto Vox Populi, o articulista cita pesquisas recentes em que Lula, sozinho:
...tem a mesma intenção espontânea de voto que a soma de
todos os outros nomes. Possui mais que o dobro de qualquer candidato do PSDB,
de Marina Silva (...), seis vezes mais que Temer e outros nomes à direita. Não
perde para ninguém nos cenários de segundo turno, empatando com os mais bem
colocados, apesar de estar no pior momento de sua trajetória.
Diante
disso, diz Coimbra, ou as esquerdas disputam “com ampla chance, a próxima
eleição”, ou adiam qualquer “expectativa razoável de chegar ao poder” por uns “20
anos”.
Este
cenário pode facilmente se inviabilizar caso Lula se torne réu. Algo muito
provável, aliás. Mas, caso contrário, nos veríamos novamente às voltas com um
projeto que se mostrou totalmente incapaz de enfrentar o conservadorismo. Ou
não?
Cabe aos
petistas demonstrar o oposto se comprometendo com algo menos vago que justiça
social e retomada do crescimento do PIB. Por exemplo, auditoria da dívida
pública, corte dos juros, reforma agrária, taxação dos ricos, democratização
dos meios de comunicação e revogação da legislação antiterrorista, só para
começar.
Mas,
acima de tudo, precisariam se comprometer a ajudar na organização de grandes
mobilizações, única forma de realmente enfrentar a atual onda direitista.
Será?
Pode esquecer.
Muito mais provável seria vivermos novamente o pesadelo de ver o lulismo disputando
com a direita tradicional o apoio de nossos inimigos.
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