O site Taxmax publicou
”Catástrofes ou uma desigualdade colossal. Faça a sua escolha”, de James C. Scott. O artigo comenta
o recém-lançado livro “The Great Leveller”, de Walter Scheidel.
Trata-se de mais um
estudo a mostrar que diminuições significativas das desigualdades sociais só ocorrem
como consequência de catástrofes. Mas, até agora, isso parecia valer apenas
para o capitalismo, com suas inéditas guerras mundiais.
Já o levantamento de
Scheidel, teria concluído que o crescimento da desigualdade remonta ao
nascimento da agricultura e, portanto, “da propriedade fundiária”, diz o artigo.
Os momentos de maior nivelamento
social não seriam resultado de políticas de redistribuição de riqueza e
oportunidades, mas “consequência de desastres sociais e econômicos imprevistos”.
Além disso, junto com a
propriedade da terra, a formação de estados seria outro elemento “original
dessa dinâmica”. Desse modo, o “colapso do estado” seria mais um desses eventos
catastróficos de equalização social.
Segundo Scott, o autor
também afirma que:
As
“revoluções transformadoras” são o único tipo de evento de nivelamento em que a
ação humana deliberada é, pelo menos em princípio, envolvida na tentativa de
aumentar a igualdade econômica, mas, mesmo aqui, Scheidel insiste que é apenas
e especificamente a violência envolvida em tais revoluções que causa o
nivelamento.
O estudo parece confirmar
o que Engels concluiu em “A Origem da Família da Propriedade Privada e do
Estado”, de 1884. Com uma diferença importante.
Para os marxistas (e
anarquistas), o fim do Estado pela ação humana deliberada, ou seja, mediante “revoluções
transformadoras” está longe de ser uma “catástrofe”. Poderia colocar fim
à calamidade da injustiça social que castiga a humanidade há milênios.
Leia
também: O
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