"Nunca na
história da humanidade houve uma redução tão grande da pobreza”, diz o artigo de José Eustáquio Diniz Alves, professor Escola Nacional de Ciências
Estatísticas, do IBGE, publicado na EcoDebate, em 27/11.
Alguns números: “a
extrema pobreza caiu de 94% do total populacional, em 1820, para 10% em 2015”. “Fato
extraordinário”, diz o autor, com razão.
Mais dados
extraordinários: “A esperança de vida ao nascer da população mundial estava
abaixo de 30 anos no século XIX, chegou a 34,1 anos em 1913 e saltou para 71,4
anos em 2015”.
Mas, claro, as desigualdades
não só continuam como aumentaram:
No
século XIX, a esperança de vida ao nascer na África estava em torno de 26 anos
e da Europa em 35 anos. Em 2015, a esperança de vida ao nascer da África passou
para 60 anos e da Europa chegou a 80,6 anos.
Além disso:
Enquanto
as populações humanas, umas bem mais do que as outras, tiveram inquestionáveis
ganhos, o meio ambiente só teve perdas e danos. Houve degradação dos solos,
acidificação dos oceanos, perda de biodiversidade, aumento da emissão de gases
de efeito estufa e eutrofização, que é o processo através do qual um corpo de água
adquire níveis altos de nutrientes (fosfatos e nitratos), provocando o acúmulo
de matéria orgânica em decomposição. O sucesso humano está ocorrendo
paralelamente à 6ª extinção em massa das espécies e à aniquilação biológica.
Daí, o autor concluir:
Se
o rumo do desenvolvimento da economia internacional não for alterado, o colapso
ambiental pode trazer grande sofrimento para a humanidade, reverter conquistas
recentes e gerar um colapso civilizacional.
Pois é...
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