Há muitos meses, a
formação de uma frente antifascista começou a ser discutida por vários setores
da esquerda. Entre estes, os integrantes de seu maior partido.
A proposta acabou
enterrada pelo calendário eleitoral. Seus coveiros foram, principalmente, os
dirigentes petistas. Irresponsáveis.
O antipetismo que
empesteia o cenário e favorece a extrema-direita poderia ter sido evitado. Os
petistas não quiseram. Levianos.
O PT poderia ter se
integrado a uma frente eleitoral em que desempenharia um papel coadjuvante. Uma
frente que sacrificasse a vitória petista em nome da resistência ao pior.
Mas Lula e seus
seguidores não admitem abandonar o palco principal. Insensatos.
Fascistas jamais foram
derrotados pelas urnas. Pelo contrário, Mussolini e Hitler chegaram ao poder
pelo voto.
O fascismo só pode ser
derrotado no cotidiano da vida e das lutas dos explorados e humilhados. Muitos
de nós abandonaram essas trincheiras. Alguns de nós, as trocou por gabinetes e
palácios. Muitos destes se sujaram no poder e continuam se emporcalhando para
voltar a ele.
Uma vitória eleitoral
contra Bolsonaro tornou-se fundamental. Mas ela não será uma derrota do
fascismo porque a vitória do petismo não é necessariamente uma vitória da
democracia. Ela também é o triunfo do golpismo. De aliados do PT, como
Calheiros e Eunício.
Mas, agora, o que nos
resta é impor uma derrota à candidatura do fascismo.
Agora, é Boulos, por
coerência e fidelidade. Depois, é FH, por desespero.
Leia também:
A derrota de Bolsonaro não seria
necessariamente uma vitória
Perfeito. Compartilhando. Bjs.
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