Uma
guerra comercial entre Estados Unidos e China é uma das mais graves ameaças
para a economia mundial em 2019. Mas o gigante asiático também apresenta sérios
problemas internos.
A
China foi fundamental para evitar um colapso econômico mundial após a crise de
2008. Mas houve um custo. Entre 2000 e 2008, a dívida bruta chinesa ficou entre
150 e 180% do PIB. Mas de 2009 a 2018 essa proporção quase dobrou, chegando a
300%.
Os
números são de um artigo de José Eustáquio Diniz Alves, pesquisador da Escola Nacional de Ciências
Estatísticas do IBGE.
Já
Jenny Clegg, especialista britânica em assuntos chineses, prevê que a China pode
superar os Estados Unidos como potência econômica antes de 2030. Mas avisa que
o país vem mantendo:
...níveis elevados de dívida e ainda pode ocorrer um
crash ao estilo chinês. Poderá a China limitar, ou ao menos resistir, as
pressões de uma guerra comercial com os Estados Unidos? De fato, as
perspectivas para a economia estadunidense também não são boas. A recuperação
da economia produzida pelo corte de impostos de Trump pode ser efêmera e o
presidente do slogan “América primeiro” pode se ver obrigado a aprender que os
Estados Unidos e a China se necessitam mutuamente.
O
problema é que ninguém parece muito preocupado em aprender coisa alguma. Trump
é péssimo aluno. A liderança chinesa, por sua vez, acha que pode fugir aos
efeitos das implacáveis leis capitalistas tornando sua economia cada vez mais
capitalista.
Enquanto
isso, por aqui, o futuro presidente se elegeu dizendo que não entende nada de
economia. Fora isso, tá tudo ok, certo?
Leia também: Nova crise mundial pode arrastar até a
China
Nenhum comentário:
Postar um comentário