Com o costumeiro estardalhaço,
acabou de ser lançado o iPhone 11. Mas pouca gente sabe que a Apple não fabrica
esses aparelhos. Eles são feitos em Taiwan, pela Foxconn, que emprega mais de
1,3 milhão de trabalhadores. Em sua maioria, mulheres.
O iPhone custa caro. Cerca
de R$ 9 mil no Brasil. Mas a maior parte dos lucros de sua venda não vai para a
Foxconn, muito menos para seus trabalhadores. Como a Apple possui a propriedade
intelectual sobre o aparelho, ela fica com o grosso dos ganhos.
Em 2014, Ahmet Tonak
realizou um estudo sobre o iPhone 6, utilizando o conceito marxista de taxa de
exploração. Como integrante do Instituto de Pesquisa Social Tricontinental,
Ahmet atualizou suas análises para o iPhone X.
A descoberta mais
assombrosa da análise é que os trabalhadores que fabricam esses telefones espertos
são 25 vezes mais explorados do que os operários das fábricas têxteis dos
século 19, na Inglaterra.
Isso nos faz lembrar
de que apenas uma parte mínima da jornada de trabalho compõe o valor do salário
que o trabalhador recebe. Na quase totalidade do dia trabalhado, os operários
produzem para ampliar a riqueza do capitalista. Ou seja, a esperteza por trás disso
tudo é muito maior do que a que aparece nos telefones.
O fato é que há pouca
coisa nova no capitalismo dos smartphones e aplicativos. É por isso que não dá
pra ficar na disrupção. Disrupção é o mais recente nome adotado para as rupturas
que o capitalismo cria para renovar seu domínio. Mas contra a exploração capitalista,
só a revolução.
As informações acima estãoaqui.
Muito bom para todos os que acreditam que o capitalismo atual explora menos o trabalhador que no passado.
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirO capitalismo atual nunca me enganou. Apenas aparências e mentiras a mascarar as violentas verdades por baixo.
ResponderExcluirDigo, aparências, mentiras e tecnologia...
ExcluirSim!!
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