Marx dizia que a
violência é “a parteira da história”. A afirmação faz todo sentido desde que feitas
algumas considerações.
Nascimentos podem
ocorrer sem parteiras, mas são impossíveis sem a mãe. E nesse caso o papel cabe
à espécie humana, destinada a parir sua própria história. Além disso, fazer
história para Marx é deixar para trás a pré-história da exploração e opressão das
grandes maiorias pelas minorias. É fazer a espécie se reconhecer como digna de
si mesma.
A igualdade social a que
Sheidel se refere manifestou-se, geralmente, como colapsos sociais que resultaram
de acontecimentos que fugiram ao controle humano: guerras, doenças, barbárie
política.
Somente na modernidade, a
busca pela igualdade social ganhou caráter consciente e foi entendido como
direito a ser estendido ao conjunto da espécie. E apenas no século 20, essa
busca foi assumida pelos únicos setores capazes de cumprir essa tarefa: os
explorados, responsáveis pela subsistência do conjunto da humanidade, e suas revoluções
transformadoras.
A maioria das revoluções
comunistas foram iniciadas quase sem violência. Foi a reação conservadora a
elas que provocou banhos de sangue e pariu ditaduras políticas. Foram tentativas
de elevar a existência humana acima do rio bárbaro da história das sociedades de
classes, logo afogadas.
Infelizmente, a parteira
da história continua sendo importante porque à beira do leito materno há um
carrasco.
Bom Sergio, colocações muito interessantes. Grande beijo.
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirBeijos