O Financial Times,
considerado a "bíblia" do jornalismo econômico, lançou, em sua edição
de 18/09/2019, uma campanha pelo “recomeço" do capitalismo.
Em carta aos leitores, o
diretor de redação do jornal admitiu que o sistema está "sob
pressão".
A reportagem da BBC
sobre o episódio cita outros neoliberais britânicos que chegaram a conclusões
semelhantes.
É o caso do historiador Thomas
Babington Macaulay, para quem “é necessário reformar para preservar. É tempo
para um reinício".
Já Paul Collier, professor
de economia em Oxford, sugeriu o seguinte a seus companheiros conservadores: "Mova-se
para a esquerda na economia e fale a língua do pertencimento". Tocante!
Nos Estados Unidos, Noah
Smith, professor da Universidade Stony Brook, diz que a atitude em relação ao
sistema é “reformá-lo e não revoltar-se contra ele”.
Por fim, Martin Wolf, o
mais influente comentarista econômico neoliberal, foi pelo mesmo caminho em sua
coluna do Financial Times:
O
capitalismo não funciona mais. Há muita desigualdade, empresas que ignoram
legalmente o fisco, monopólios digitais que dominam o mundo e estão fazendo as pessoas
perderem a confiança no capitalismo democrático. Se continuarmos assim, o
sistema corre o risco de não sobreviver.
Mas digamos que, tratando-se
de capitalismo, a bagaça já tá toda muito bichada. Até porque o sistema sente
uma atração inevitável e fatal pela barbárie.
Foi assim com Hitler,
Mussolini, Pinochet. Está sendo assim com Trump, Órban, Bolsonaro, Boris Johnson.
E mesmo os mais envernizados dos governantes, como Macron, preferem agradar os
ricos e perseguir imigrantes a fazer alguma justiça social.
Com o capitalismo não tem
jeito. Não adianta pedir devolução, só revolução.
Leia também:
O professor Collier deu o caminho aberto pra solucionar o inbróglio. Até Wolf admitiu alguns dos sérios erros do sistema. Restaria aos demais segui-lo...
ResponderExcluirDevido a interesses dos quais já sabemos, o problema é admitir a necessidade de seguir tal caminho.
Abração!
Sim!
ExcluirAbraço
Gostei do sentido e da rima da última frase.
ResponderExcluirValeu!
Excluir