Doses maiores

19 de outubro de 2021

Os heróis oficiais estadunidenses eram carrascos terríveis

George Washington, antes mesmo de chegar ao poder defendia que, para aplicar as políticas dos Estados Unidos, seria melhor comprar suas terras dos índios ao invés de tentar arrancá-los de seu território.

Já presidente, em uma carta sobre os indígenas, ele explicou:

Conforme comprovado por nossa experiência, é comparável a retirar feras da floresta: retornarão tão logo a perseguição termine e, talvez, ataquem os que já ficaram. Já, a ampliação gradual de nossos assentamentos, certamente fará os selvagens se retirarem à semelhança dos lobos, já que ambos são animais de caça, embora de formatos diferentes.

Quando foi eleito presidente, em 1828, Andrew Jackson já tinha comandado ataques a acampamentos indígenas pacíficos, chamando-os de “cães selvagens” e gabando-se de ter arrancado o couro cabeludo daqueles que matava.

Também tinha supervisionado a mutilação de aproximadamente 800 cadáveres de índios Creek – corpos de homens, mulheres e crianças que ele e seus soldados haviam massacrado. Seus narizes foram cortados para tê-los como um arquivo de mortos, além de mandar cortar a pele de seus corpos em longas tiras para secá-las ao sol e convertê-las em rédeas para os animais.

Mesmo após deixar a presidência, Jackson recomendava que as tropas americanas procurassem especifica e sistematicamente matar as mulheres e as crianças que ainda se ocultavam nas montanhas para completar sua extinção. Do contrário, dizia ele, seria o mesmo que perseguir lobos em seu habitat, sem ter eliminado seu covil.

São estes os grandes heróis da história oficial estadunidense revelados pelo livro "Abya Yala!: Genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários", de Moema Viezzer e Marcelo Grondin.

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