Enquanto um produto reciclado custar mais do que o antiecológico, o meio ambiente vai sair perdendo.Em 27/02, no site Envolverde, matéria de Mario Osava denunciou os sérios problemas causados pela construção da central hidrelétrica de Santo Antonio, em Rondônia. Entre eles, mudanças culturais entre os indígenas da região. Um exemplo:
O grupo karitiana, que “vive bem” em sua reserva a 90 quilômetros de Porto Velho, se deu conta de que a Santo Antônio Energia, o consórcio que constrói a central, oferecia compensações a cada aldeia. Diante disso, triplicaram suas aldeias e conseguiram mais caminhonetes do que as previstas inicialmente.No dia 29/02, o portal UOL publicou matéria do jornal Le Monde assinada por Stéphane Foucart. O título: “Está provado: quanto mais rico se é, menos ética se tem”. Trata-se de um estudo realizado por pesquisadores americanos e canadenses da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Inúmeros testes foram feitos envolvendo o comportamento ético de centenas de pessoas. Os voluntários pertenciam a diferentes classes sociais. Os resultados teriam demonstrado que:
Mesmo levando em conta diversos parâmetros como etnia, sexo, idade, religião, orientação política, não tem jeito, “a classe social mais elevada prevê um comportamento mais antiético”. A que se deve essa ligação entre elevação social e baixeza moral? Em parte, respondem os pesquisadores, “a uma percepção mais favorável da ganância”.São apenas mais alguns exemplos da eficiência destruidora da competição capitalista. Produtos reciclados jamais custarão menos enquanto o principal objetivo do processo produtivo for a geração de lucros. Os karitiana só estão jogando segundo as regras que lhes foram propostas, ainda que os resultados venham a ser desastrosos para sua cultura. E os mais ricos são aquilo que são: vitoriosos num jogo que costuma ser muito sujo.
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