Não é lá muito agradável acompanhar
as atividades das Câmaras de Deputados, Senado, Supremo Tribunal etc, mas suas sessões
são transmitidas ao vivo e em cores. Por que o mesmo não pode acontecer em relação
a oito pessoas que jamais foram eleitas e decidem os destinos da economia do
País?
Uma das fontes de informação que o
Copom utiliza, por exemplo, é o relatório Focus, que traz projeções econômicas de
instituições do setor privado que ninguém sabe quais são. Mas, provavelmente, são
as mesmas a quem interessa manter a especulação girando em alta velocidade, impulsionada
por um dos juros mais altos do planeta.
Os efeitos nas contas públicas são desastrosos.
Até agosto, o déficit do setor público chegou a R$ 339 bilhões. Mas deste
total, R$ 338 bilhões são juros. O restante é a tal “gastança” do setor
público, incluída a “lama da corrupção”.
As consequências para os mais pobres também
são catastróficas. Em 12 meses, até junho, a dívida pública custou R$ 417
bilhões em juros. Por mês, são R$ 34,7 bilhões contra os R$ 25 bilhões gastos
por ano com o Bolsa-Família.
Enquanto isso, cada elevação dos
juros enriquece ainda mais as 20 mil famílias que possuem o grosso dos títulos
da dívida pública. As mesmas que pagam as campanhas eleitorais daqueles que zelam
pelos segredos do Copom.
Leia também: Dívida
Pública: historinha sem nenhuma moral
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