Em 2013, o Sindicato Nacional dos
Procuradores da Fazenda lançou o Sonegômetro, placar online que mede a
sonegação fiscal no Brasil. Em 26/10, os números chegavam a R$ 467 bilhões, desde janeiro de 2015.
Já o Impostômetro, foi inaugurado em
2005, pela Associação Comercial de São Paulo. Neste caso, mede-se quanto de
impostos teriam sido arrecadados. Cerca de R$ 1,6 trilhão era o
número em 26/10, desde janeiro de 2015.
A grande mídia prefere destacar o Impostômetro
e ignorar o Sonegômetro. Talvez, porque seus proprietários, controladores e
anunciantes estejam entre os responsáveis por grande parte dos números do
primeiro.
É o que mostra reportagem de Cesar
Vanucci, publicada em 20/10 na edição 873 do Observatório da Imprensa. Segundo a
matéria “Governo ignora receita que poderia aliviar déficit orçamentário”, a
dívida ativa da União é estimada, hoje, em R$ 1,460 trilhão.
A indústria, por exemplo, deve 236,5. O comércio, 163,5. O sistema financeiro, pobrezinho, meros 89,3. Os coitados
dos ruralistas, 13,6. A própria mídia, já tão favorecida com isenções fiscais,
10,8. E por aí vai. Tudo em bilhões de reais.
R$ 1,460 trilhão equivale, segundo a
matéria, mais ou menos à previsão orçamentária para o setor público em 2016. E Vanucci
conclui:
...a recuperação
de apenas 2% da bufunfa correspondente aos débitos asseguraria as condições
essenciais para a equipe econômica cobrir o déficit fiscal anunciado. Com a
vantagem de afastar as ameaças contidas, no ajuste projetado, aos respeitáveis
direitos sociais e trabalhistas.
Dinheiro para o setor público sair do
aperto, tem de onde tirar. Mas e a coragem pra ir buscar, né Coração Valente?
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