Imhotep
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“África: lugar das primeiras descobertas, invenções e
instituições humanas” é o título de artigo de Dagoberto José Fonseca, de julho
de 2009, e republicado pelo portal Geledés em 19/11.
O professor da Unesp-Araraquara revela informações
surpreendentes sobre as contribuições dos povos africanos para o conhecimento
universal.
Por exemplo, a agricultura africana, surgida no vale do
rio Nilo, tem cerca de 18 mil anos, sendo duas vezes mais antiga do que no sudoeste
asiático. A pecuária apareceu 15 mil anos atrás, no atual Quênia.
Já ficou comprovado que Sócrates, Platão, Tales de
Mileto, Anaxágoras e Aristóteles estudaram com sábios africanos.
Dizer que Hipócrates foi o pai da medicina deixou de ser
verdade desde que foi provado que o cientista clínico egípcio Imhotep já
praticava medicina mais ou menos 3 mil anos antes de Cristo. Uns 2.500 anos
antes do grego.
Onde é hoje Uganda, na África Central, os Banyoro já
faziam a cirurgia de cesariana. Muito antes da primeira intervenção desse tipo
ser feita na Inglaterra, em 1879.
A remoção de cataratas foi registrada no Mali e no Egito,
por volta de 4.600 anos atrás. Sendo que, nessa mesma época, os egípcios já
faziam cirurgias para retirar tumores cerebrais.
Há cerca de 6 séculos, o povo Dogon, no Mali, já conhecia
o sistema solar, a Via Láctea, as luas de Júpiter e os anéis de Saturno. Também
deduziu que o universo é habitado por milhões de estrelas e que a lua era
deserta e inabitada, sendo refletida pelo sol à noite
Claro que tudo isso continua soterrado por camadas de
preconceitos e racismo. Inclusive, nas universidades.
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