Bira |
O presidente da França, François Hollande, acaba de lançar
um plano emergencial contra o desemprego em seu país. A medida pretende qualificar
500 mil desempregados. O detalhe é que os inscritos no programa não entrarão no
índice de desemprego no país. O “socialista” nega que haja alguma “manobra
estatística na operação”.
No Brasil, a taxa de desemprego será a maior entre as
grandes economias do mundo em 2016. Os dados fazem parte do recém-divulgado
informe anual da Organização Internacional do Trabalho. Será nossa nada modesta
contribuição para o total de 2,3 milhões de postos de trabalho perdidos no
mundo, no período.
Por fim, um relatório apresentado em 18/01 pelo Fórum
Econômico Mundial prevê a perda de 7 milhões de postos de trabalho até 2020.
Deste total, 5 milhões ficarão desempregados devido a informatização,
robotização e outras formas de substituição de trabalho vivo por trabalho
morto.
Agora, juntemos a este quadro tão sombrio as conclusões
de um recente estudo da organização não-governamental britânica Oxfam. O
levantamento afirma que 1% da população global detém mesma riqueza dos 99%
restantes.
Esta minoria não é necessariamente proprietária dos meios
de produção do planeta. Mas certamente controla pontos estratégicos das cadeias
produtivas mundiais, com o valioso auxílio de uma pequena franja social formada por altos executivos e governantes em geral.
São eles os responsáveis por transformar a inovação
tecnológica em geradora de desemprego e pobreza pelo mundo afora, ao invés de jornadas
de trabalho bem menores, capazes de empregar muito mais gente.
Esta equação que não fecha resume a missão civilizacional
do capitalismo. Levar a humanidade ao caos social.
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