...uma sociedade global cada vez mais
próxima desses padrões antigos e medievais, e mais distantes daqueles atingidos
pelos países mais desenvolvidos nos anos do pós-Guerra. Desde o início da era
neoliberal, a riqueza acumula-se cada vez mais no topo, enquanto as maiorias
empobrecem em termos relativos e até absolutos.
É assim que Antonio Luiz M. C. Costa, resume um relatório
do banco Credit Suisse divulgado em outubro de 2015. O artigo publicado pela
Carta Capital, em 05/01, diz que as 62 pessoas mais ricas possuem US$ 1,76 trilhões ou mais, tanto quanto 3,7 bilhões de seres humanos.
O estudo também chamou de “classe média global” às 664
milhões de pessoas que possuem riqueza líquida de 50 mil a 500 mil dólares.
Logo acima delas, estariam 96 milhões, com 150 trilhões. As duas camadas juntas
detêm 92% de todos os bens do mundo.
Enquanto isso, diz Costa, “os ultrarricos” cresceram de
81 mil em 2010 para 124 mil em 2015, representando 0,0026% dos “cidadãos do
mundo”. Destes, 48% vivem nos Estados Unidos, 24% na Europa, 9% na China e Hong
Kong e 1% no Brasil.
Por falar em Brasil, em 14/01, Marcos de Aguiar
Villa-Bôas publicou na Carta Capital “Concentração de renda é maior do que se
imaginava”. Segundo o artigo, dois estudos recentes revelaram que o Brasil continua
a ser “um dos países mais desiguais do mundo”. E que “a grande concentração de
renda observada hoje foi mantida durante o último século”.
Ou seja, se o lulismo fez uns remendos no varejo, no
atacado continuamos praticamente na mesma e, agora, com forte tendência a
piorar.
Eu reproduzi este artigo no Diário Liberdade e no twitter alguém diz que não são 85, mas sim 62. Os números que a Oxfam divulgou hoje é 62.
ResponderExcluirOs números são do artigo do Antonio Luiz M. C. Costa. Mas vou corrigir.
ResponderExcluirValeu!
Acho que o relatório do banco Credit Suisse que diz 85, a Oxfam diz 62. Talvez seja estudos diferentes, em termos de metodologia. Vc leu esse artigo do Costa na revista impresa?
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