Farmacêutico Sanitarista da Fiocruz, Farias afirma que
“apenas 48% dos domicílios brasileiros têm coleta de esgoto”. Enquanto isso, o SUS
registrou em 2013 mais de 340 mil internações por infecções gastrointestinais
no país. Cada “internação por essa patologia no SUS”, diz ele, custou “cerca de
R$ 355,71 na média nacional”.
Ao mesmo tempo, “a Organização Mundial da Saúde, reforça
o autor, afirma que “cada R$ 1 investido em saneamento gera uma economia de R$
4 em saúde”.
O artigo também apresenta os generosos números dos negócios
que exploram a saúde pública:
De acordo com o IBGE, o único setor
que não sofreu queda nas vendas em 2015 foi o de artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que cresceu 3%. Os números da
administradora de planos de saúde Qualicorp são claros: a empresa obteve lucro
de R$ 61,4 milhões só no último trimestre de 2015, apresentando um avanço de
224% em relação ao mesmo período de 2014.
Com sua obsessão por planos de saúde, Ricardo Barros é representante
direto desse mercado no governo. O mesmo governo que pretende piorar a situação,
privatizando o saneamento básico e entregando mais um serviço público para a
exploração pelo mercado.
E nem adianta argumentar que o objetivo é estancar a imundície
que vaza das fossas nacionais. Fosse essa a intenção, não teríamos o ministro da
Saúde que temos.
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