Tem toda razão. O radicalismo
do lulismo resume-se à cara nordestina de Lula, sua origem popular e seu português,
idem. Isto e mais a fé que desperta nos mais pobres são o bastante para enojar
nossa elite nojenta.
Há 15 anos, em janeiro
de 2003, Lula foi ao Fórum Social Mundial. Muitos dos que estavam lá esperavam
uma guinada à esquerda por parte do presidente recém empossado.
Ela nunca veio. Como
não veio nas crises posteriores. Nem no Mensalão, nem no impeachment de
Dilma. Não virá agora, com Lula sentenciado e ameaçado de prisão.
Dificilmente Lula será
preso tão cedo. Seria criar uma espécie de “Mandela” em plena campanha
eleitoral. Mas se, ou quando, isso ocorrer, o lulismo permanecerá xingando a
institucionalidade enquanto continua a enfiar-se nela.
O rompimento institucional
que alguns dirigentes petistas andam pregando não passa da tentativa de colocar
muita gente nas ruas. Algo que tem muito pouco a ver com rompimentos
institucionais.
Quisessem realmente radicalizar,
poderiam sinalizar para a construção de uma greve geral. Uma paralisação
nacional, quem sabe, talvez, desafiasse as instituições. Mas também não pode. Atrapalha
as ambições eleitorais.
Prender Lula é um
absurdo, claro. Mas o lulismo prefere ficar algemado à institucionalidade a negar sua
fé nela. Até porque há poucas coisas tão institucionalizadas como as prisões.
Mas o problema mais
grave surge quando grande parte da esquerda se dá conta de que também está
algemada. Ao lulismo.
Bom.
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirGracias!
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