Em 5 de maio próximo,
completa-se o bicentenário de nascimento de Karl Marx.
Em 1838, Engels e
Edgar Bauer escreveram um poema que descrevia o então jovem de 20 anos desse
modo: “O velho camarada de Trier, em fúria vociferando / Seu punho maligno ele
brande, e grita interminavelmente / Como se dez mil demônios o agarrassem pelos
cabelos...”
Marx casou com Jenny
von Westphalen após longos sete anos de namoro. A demora devia-se à oposição de
ambas as famílias. A dela, aristocrata, poderosa e extremamente reacionária,
não gostava das ideias perigosas do pretendente.
Quanto à família de
Marx, seu pai temia que o “espírito demoníaco” do filho fosse incompatível com
uma vida doméstica feliz. Uma previsão baseada na incapacidade do filho em
conviver com as injustiças que via a sua volta sem lhes dar combate. Essa
disposição realmente viria a lhe custar os meios de sobrevivência e tornar
raros os momentos de paz, sempre perseguido pelas polícias políticas da época.
Mas essa inquietação
combativa de Marx também era partilhada por Jenny, uma mulher cujo brilho
humano e intelectual ainda está por ser reconhecido. Nem nos piores momentos,
incluindo a perda de filhos e temporadas sem ter o que comer, ela teve qualquer
dúvida ou arrependimento quanto a manter-se ao lado daquele que escolhera como
seu companheiro.
Alguma pílulas
trouxeram esses momentos da vida de Marx e sua família. Mas a maioria delas trata, principalmente, da
tradição revolucionária por ele inaugurada. Ao nos aproximarmos de seu
centenário, é sempre bom lembrar: Marx foi antes de tudo, um revolucionário. Um
demônio a atormentar os exploradores e poderosos.
Bonito
ResponderExcluir1818 - bicentenário!
ResponderExcluirNossa! Verdade. Marx continua atual, mas não a ponto de renascer logo depois da Revolução Russa. Valeu!
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