Doses maiores

30 de agosto de 2019

Anistia: outro aniversário de uma lei muito podre

“Deveríamos ter forçado um pedido de desculpas dos militares”, diz José Genoino em matéria da Folha, publicada em 28/08/2019. Esta data marcava os 40 anos de aprovação da Lei da Anistia.

Porém, complementa o ex-dirigente petista, “foi melhor para o país não ter revisado a Lei da Anistia”. Palavras saídas da boca de alguém que foi preso e torturado pelos carrascos da ditadura.

Muito provavelmente, seja por estes e outros equívocos que o país esteja sob um governo dominado, não por aqueles que nunca pediram desculpas, mas por quem exige parabéns e aplausos pelos crimes que cometeram.

Não só admitem como se orgulham da tortura, assassinato e “desaparecimentos” de centenas de pessoas.

Mas pra encurtar a conversa, que tal lembrar a pílula A podre lei da Anistia, de novembro de 2011? Ela trazia o rock “Anistia”, dos Garotos Podres. A música lançada em 1988, denunciava o perdão que os militares concederam a si mesmos. Eis a letra:

Anistia?

Não queremos anistia
Aos torturadores
Não queremos que os assassinos
Fiquem impunes

Amordaçaram e torturaram
Toda uma nação
Nos deixaram órfãos
De uma mãe pátria

Como poderíamos
Perdoá-los
Se os cadáveres
Ainda estão fedendo

E as suas mãos
Ainda estão sujas de sangue
Sangue de uma geração
Sangue de toda uma nação

Para ouvir, clique aqui.

A pílula que trazia esta letra remetia a outra, de abril de 2011. Seu título era Bolsonaro, muito atual.

Um comentário:

  1. Já querer pedido de desculpas é ridículo. Queria ver essa matéria do Genoino.

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