Doses maiores

29 de novembro de 2019

Hora de mostrar quem são os comunistas

Se Bolsonaro considera comunistas todos os que se opõem a ele, passou a hora de riscarmos uma linha demarcatória do lado de cá.

Só pra começar, comunistas são os que pretendem impor pesada taxação sobre o grande capital e patrimônios milionários. São os que exigem representação dos trabalhadores na direção de todas as empresas. Defendem a aprovação da totalidade dos orçamentos públicos em conselhos populares. Prometem um grande programa de reestatização. Querem passe livre para tudo e todos nas cidades. Auditoria da dívida pública imediatamente. Defendem o esquecido salário mínimo de R$ 4.500,00, do Dieese. Retomam a bandeira da reforma agrária radical. Querem a imediata revogação das reformas previdenciária e trabalhista.

Somente essa plataforma realmente polariza com o extremismo fanático de Bolsonaro. Não referências a liberdades e direitos abstratos para a grande maioria da população.

Ao mesmo tempo, essas propostas inviabilizam a aproximação com os conservadores tradicionais, que assistem, satisfeitos, a obra de destruição de Bolsonaro contra os movimentos populares e o conjunto da esquerda.

O objetivo é exatamente o oposto do que vêm fazendo os candidatos a adversário eleitoral de Bolsonaro. Aqueles que buscam se credenciar para governar uma sociedade que a vitória fascista provou ser ingovernável a não ser para o grande capital.

É óbvio que um programa desses não venceria as atuais eleições. Por isso mesmo, jamais seria assumido por um oposicionismo que aguarda audiência nas antessalas de instituições há muito tempo apodrecidas.

É preciso aproveitar as eleições para apresentar as verdadeiras forças comunistas. Transformar suas propostas em luta permanente para reorganizar a resistência popular e impedir sua destruição.

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