O governo federal enviou
mensagem ao Congresso propondo temas para um plebiscito sobre questões
eleitorais. Com isso, Dilma reforça o coro que interessa aos poderosos. Junto
com a grande mídia, rebaixa o debate provocado pelo povo nas ruas a questões
como financiamento de campanha, suplência de senadores, coligações e voto
secreto no Congresso.
Nada disso vai à raiz do
problema. A questão é a quem os parlamentares e governantes representam.
Engana-se quem acha que o maior problema do País é a corrupção. Propinas e
subornos representam uma taxa administrativa que o grande capital paga a seus
representantes no Legislativo e a seus delegados no Executivo.
Há quem ache que a solução
para isso é o financiamento público de campanha. Mas ele já existe e é enorme.
Chama-se Fundo Partidário e passou de R$ 729 mil reais em 1994 para R$ 350
milhões em 2012. Proibir o financiamento privado atrapalha um pouco, mas só
deve engordar o velho caixa dois.
Não adianta mexer na ordem
política, sem alterar a lógica econômica. Enquanto todos olham para Congresso,
ninguém repara no Banco Central. É um poderoso comitê de meia dúzia de
especialistas que nunca foram eleitos, mas determinam o que acontece na
economia do País. Mantém uma dívida pública imoral, que reserva quase metade
dos recursos públicos para especuladores aqui e mundo afora.
Muito bonito discutirmos
reformas superficiais e de efeito duvidoso. Enquanto isso, a ditadura econômica
neoliberal passa despercebida, camuflada na feia paisagem social brasileira.
Leia também: Reforma
política e redução da jornada
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