Doses maiores

9 de julho de 2013

O povo egípcio no auge da democracia

Em meio à confusão de informações sobre o que está acontecendo no Egito, uma coisa é certa. O governo Mursi caiu porque milhões de egípcios foram às ruas.

É o que se deduz do artigo “Egito: quatro dias que abalaram o mundo”, publicado pelo jornal inglês Socialist Worker. Seu autor é Sameh Naguib, membro dos Socialistas Revolucionários, do Egito. Seguem alguns trechos traduzidos do inglês:

O que aconteceu no Egito é o auge da democracia, uma revolução de milhões pela derrubada de um governo.
(...)
As instituições militares são hostis à revolução egípcia. Elas se livraram de Mubarak para escapar do fogo cruzado da revolução. Agora, os militares se livraram da Irmandade e de Mursi, seus antigos aliados, com medo de que o terremoto da revolução os atinja.
(...)
Por isso, devemos combater todas as formas de repressão aos muçulmanos, incluindo prisões e fechamentos de seus veículos e jornais. Para o que acontece hoje com eles não venha a acontecer amanhã com todos os trabalhadores e socialistas.
(...)
As massas egípcias conseguiram derrubar dois presidentes em 30 meses. Todo este poder não se reflete apenas em protestos reunindo milhões, mas também nas ondas de greves e manifestações populares que se seguiram. A confiança política se transforma em confiança nas lutas sociais e econômicas, e vice-versa.
(...)
O que está acontecendo ultrapassa de longe a democracia formal, com suas urnas. É a legitimidade democrática conquistada através da revolução popular. Democracia direta criando legitimidade revolucionária.

Como se vê, a situação é complexa. Cheia de idas e vindas. Disputas a cada passo e momento. Exatamente como são os processos revolucionários.

Leia a íntegra do artigo aqui

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