“O povo não é bobo. Fora Rede
Globo!” gritam os manifestantes nos protestos que tomaram as ruas do País. E lá
fora, também. Em Londres, repórteres da emissora foram impedidos de fazer seu
trabalho na cobertura de protestos de apoio às mobilizações no Brasil.
Tal como a violência policial
já não consegue disfarçar sua truculência covarde, o jornalismo das
organizações Globo é incapaz de esconder sua parcialidade conservadora. Mas se depender
do governo federal, a emissora continuará poderosa.
É o que mostram dados
coletados por Conceição Lemes em reportagem detalhada para o blog Viomundo.
Publicada em 02/07, a matéria traz entrevista com Helena Chagas, ministra da
Secretaria de Comunicação Social.
A repórter bem que tentou,
mas nem a ministra nem sua equipe entregaram dados exatos sobre o patrocínio
oficial destinado à Globo. De qualquer maneira, o que foi possível levantar já
é vergonhoso.
Segundo a reportagem, o
governo federal é o maior anunciante do Brasil. Em 2012, os recursos destinados
à publicidade de ministérios, órgãos e empresas estatais somaram quase R$ 1,8
bilhão. Desse total, pouco mais de 62% foram investidos em televisão. “A Globo,
sem contar seus canais pagos, obteve 43,9% das verbas para esse meio”.
A internete é considerada
crucial para tentar desbancar os monopólios como o gigante global. Mas ficou em
último lugar, com 5,3% das verbas oficiais. Assim mesmo, dos 20 maiores
investimentos, os veículos considerados “de esquerda” ficaram com 2,4% do
total. Já os tradicionais, engoliram 97,5%.
Se o povo já não é bobo,
parece que o mesmo não acontece com o governo petista. Ou será sem vergonhice,
mesmo?
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