A seleção brasileira venceu
com brilho a final da Copa das Confederações. Mas o povo não foi pôde ir ao Maracanã
para ver. Só assistiu à vitória um público muito VIP, branco e cheiroso. O cercadinho
dessas “véri importantes pessoas” abrangia algumas quadras em torno do estádio.
Era guardado por milhares de policiais fortemente armados e caveirões.
O mesmo aconteceu nos jogos
da seleção na Copa das Manifestações em outras cidades. Mas é provável que todo
esse aparato não seja mais necessário nos próximos jogos nos novos estádios. Basta
o preço dos ingressos para que o futebol volte a ser o que era quando chegou
por aqui: um esporte para alguns endinheirados.
A sede das próximas
Olimpíadas também torna-se cada vez mais um lugar para poucos. No Globo de
01/07 a matéria diz: “Rio cresce bem mais que o país”. E é uma das mais caras cidades
do mundo, também. Um imenso cercadinho VIP vai tomando conta da cidade. Expulsando
aos poucos os muitos que não têm dinheiro e boas relações com o poder.
Nunca antes na história desse
país a desigualdade caiu tanto. Nunca antes, um pão dormido foi tão bem distribuído.
Jamais o direito ao circo limitou-se tanto a uma minoria privilegiada. Mas ninguém
deveria ficar tranquilo dentro de uma área VIP guardada por fuzis e veículos blindados.
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de hegemonia em alta temperatura
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