Doses maiores

1 de julho de 2013

Uma área VIP guardada por fuzis

A seleção brasileira venceu com brilho a final da Copa das Confederações. Mas o povo não foi pôde ir ao Maracanã para ver. Só assistiu à vitória um público muito VIP, branco e cheiroso. O cercadinho dessas “véri importantes pessoas” abrangia algumas quadras em torno do estádio. Era guardado por milhares de policiais fortemente armados e caveirões.

O mesmo aconteceu nos jogos da seleção na Copa das Manifestações em outras cidades. Mas é provável que todo esse aparato não seja mais necessário nos próximos jogos nos novos estádios. Basta o preço dos ingressos para que o futebol volte a ser o que era quando chegou por aqui: um esporte para alguns endinheirados.

A sede das próximas Olimpíadas também torna-se cada vez mais um lugar para poucos. No Globo de 01/07 a matéria diz: “Rio cresce bem mais que o país”. E é uma das mais caras cidades do mundo, também. Um imenso cercadinho VIP vai tomando conta da cidade. Expulsando aos poucos os muitos que não têm dinheiro e boas relações com o poder.   

Nunca antes na história desse país a desigualdade caiu tanto. Nunca antes, um pão dormido foi tão bem distribuído. Jamais o direito ao circo limitou-se tanto a uma minoria privilegiada. Mas ninguém deveria ficar tranquilo dentro de uma área VIP guardada por fuzis e veículos blindados. 

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