José Arbex escreveu “Brasil
pode desembocar em crise revolucionária” para o blog Viomundo. Obviamente, ele
se refere às grandes manifestações que tiveram início em junho.
O jornalista cita a famosa
fórmula de Lênin sobre crises revolucionárias, que pode ser resumida assim: a
classe dominante já não consegue governar como sempre governou, enquanto os
dominados já não suportam mais viver como sempre viveram.
Arbex ressalta que se trata
apenas de uma possibilidade. E lembra os enormes levantes argentinos de 2001. A
posterior eleição dos Kirschner mostraria que nem toda crise revolucionária tem
necessariamente um final feliz.
No entanto, se acrescentarmos
o medo da classe dominante a este cenário, estamos com meio caminho andado. É o
que se deduz de uma matéria do Valor de 18/07, intitulada “Manifestações de rua
acendem alerta no G-20”.
O texto de Assis Moreira
refere-se ao encontro de “ministros das Finanças e do Trabalho” das vinte
maiores economias, em Moscou. Segundo um participante, "as
autoridades estão um pouco assustadas, eu diria mesmo com um pouco de
medo".
A mesma fonte lembra que há
manifestações na Rússia, Indonésia, Índia, África do Sul, Chile, Peru e
Turquia. E cita as crises em Portugal, Grécia e Espanha, com desemprego de 18%
no primeiro país e 27% nos outros dois.
Muitas centrais sindicais também
estão em Moscou. Ao invés de organizar as lutas dos explorados, foram implorar
medidas econômicas menos duras aos exploradores. E esta é a grande questão. As lideranças populares de esquerda vão apostar na crise revolucionária ou no encontro internacional do medo?
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servos chineses e seus coveiros
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