O assunto continua sendo as
atividades da Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês), que bisbilhota a
internete para o governo americano. Pedro Doria publicou o artigo “Como os EUA
espionam a rede” no Observatório da Imprensa, em 09/07. Logo de cara, um trecho
chama a atenção:
A internet é um enorme conglomerado
de redes privadas conectadas entre si. Aproximadamente 20 empresas em todo o
mundo controlam a maior parte do tráfego. É uma infraestrutura cara, um
amontoado de servidores, cabos e roteadores.
Basta esta informação para
colocar por terra toda a conversa fiada sobre a democracia das redes virtuais. Por
que é que 20 poderosas empresas colocariam sua “infraestrutura cara”, cheia de “servidores,
cabos e roteadores” a serviço das lutas populares?
Mas Dória traz outra denúncia,
feita por um funcionário da AT&T. A gigante das telecomunicações possui uma
grande rede de servidores na costa oeste americana. A NSA teria uma sala
secreta dentro da empresa que faz cópias de todo os dados que saem de seus
equipamentos.
O mesmo deve acontecer em
outras poderosas corporações do setor de telecomunicações. Tudo indica que a
espionagem governamental é obra de uma integração entre Estado e empresas.
Facebook, twitter, Google,
Microsoft oferecem instrumentos ágeis e importantes para a comunicação. Não é o
caso de abandoná-los. Mas seria bom prestarmos atenção ao que escreveu Sérgio
D´Ávila na Folha em 07/07:
Se a geração MPL quer fazer a
revolução anticapitalista, fazê-la no Facebook é como se rebelar contra o
imperialismo ianque morando na Disneylândia. Curtiu?
Não. Não dá pra curtir.
Leia também: Espionar
trabalhadores pode
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