“Jogadores negros podem
boicotar Copa do Mundo na Rússia”. A proposta é do jogador da Costa do Marfim, Yaya
Touré, que atua no Manchester City. Ele e muitos outros atletas negros vêm
sendo vítima do racismo nos estádios europeus. Por isso, ameaçam com o boicote
caso a Fifa não tome providências.
A Fifa lançou uma campanha
contra o racismo. Mais publicidade que outra coisa. O presidente da entidade, Joseph
Blatter, costuma dizer que ofensas raciais dentro do campo não devem ser levadas
a sério. "Depois tudo se acerta após o jogo, com um aperto de mãos", afirmou
certa vez.
O fato é que a Fifa age como
uma organização criminosa. E não só em relação ao preconceito racial. A corrupção
e o apoio a ditaduras também são sua especialidade.
Um dos episódios mais
vergonhosos da história da entidade aconteceu durante as eliminatórias
para a Copa de 1974. As seleções chilena e soviética deveriam se enfrentar no
Estádio Nacional de Santiago. Cerca de um mês antes do jogo, Pinochet havia
derrubado Allende e instalado uma ditadura. O estádio chileno foi utilizado como
prisão, onde ocorreram torturas e execuções de milhares de pessoas.
Diante disso, a seleção soviética
informou que não participaria do jogo. A nota emitida pelos soviéticos dizia: “por
considerações morais, os atletas soviéticos não podem neste momento jogar no
estádio de Santiago, salpicado com o sangue dos patriotas chilenos…”. A Fifa
ignorou tudo isso e validou a classificação da seleção chilena.
Vamos sediar a próxima Copa. Mas se
depender de corrupção, racismo e repressão nossas autoridades já adotaram o padrão
Fifa há muito tempo.
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