Andam dizendo que a Operação Greenfield pode deixar a
Lava Jato no chinelo. Trata-se de investigação da Polícia Federal sobre fraudes
envolvendo recursos de fundos de pensão. O rombo poderia chegar a R$ 50 bilhões.
Mas o noticiário vem fazendo uma confusão muito
conveniente. Começa pela omissão do caráter privado dos fundos de pensão. Exatamente
o tipo de entidade às quais os defensores da reforma da previdência querem
entregar os recursos do sistema público de aposentadorias e pensões.
Esta informação fica ainda mais camuflada pelo fato de
que as fraudes aconteceram principalmente em entidades ligadas a trabalhadores
de empresas públicas, como Petrobrás e Caixa Econômica. Além disso, as
irregularidades envolvem vários pilantras petistas. Principalmente, ex-sindicalistas.
Ou seja, a confusão fica perfeita para reafirmar a ideia de que corrupção é sempre estatal e, agora, especialidade da esquerda. Aí só resta espaço para uma conclusão: privatização da
previdência social e criminalização da esquerda partidária, sindical e popular.
O objetivo maior é pavimentar o caminho para um sistema
de previdência como o chileno. Nele os trabalhadores contribuem com 10% de seus
salários, mas em vez do retorno de 70% prometido só recebem cerca de 35%. Além
disso, 90% das aposentadorias pagam apenas metade do salário mínimo.
A única coisa que não combina com essa farsa são as
fortes suspeitas sobre o partido do presidente golpista, incluindo seu ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles. Sem falar na participação de uma gigante do mercado como a JBS-Friboi na história. São estas brechas que devemos aproveitar para construir uma resistência popular cada vez mais necessária.
Leia também: A Reforma da Previdência e a ressaca
garantida
Tá certo, Serginho, não dá para fazer silêncio por serem fundos de pensões de trabalhadores, administrados por os ex-sindicalistas e petistas, conhecidos por práticas nem um pouco éticas. Tem que denunciar. Abraço.
ResponderExcluirSim! Sem falar que estes foram os primeiros a propor e apoiar a Reforma de 2003 que tirou direitos dos servidores públicos.
ExcluirBração