As privatizações de Temer foram anunciadas com alarde. Segundo a
imprensa, o “Crescer” é um novo programa.
Nada mais falso.
Ninguém pode acusar Miriam Leitão de simpatia pelos governos petistas nem
antipatia pelo atual. Em sua coluna, no entanto, ela desconfia que substituir o
PAC pelo “Crescer” pode não passar de “uma troca de rótulo”.
Mas o coordenador do programa, Wellington Moreira Franco, fez questão
de destacar as diferenças. Segundo ele, desta vez, “não haverá a substituição
da aritmética, com as quatro operações fundamentais, pela ideologia”.
Ainda assim, Miriam volta à carga para afirmar: “...o programa será
feito, como os outros, em grande parte com dinheiro público”. Claro como dois e dois...
Ou seja, nada a ver com aritmética e tudo com uma ideologia, que,
afinal mudou pouco em sua essência. Igualmente ideológica é a acusação feita aos
governos petistas de serem “estatizantes”, inclusive por gente como Miriam
Leitão.
No máximo, os governos petistas resolveram favorecer certos setores no
lugar de outros.
É o caso das empresas de Saúde e Educação, que lucraram como “nunca antes
na história”. Ou da política para as Telecomunicações, que levantou e derrubou
a Oi, enquanto as concorrentes lucraram horrores. E do Agronegócio, claro.
Portanto, o Estado sob gerência petista, tal como na época dos governos
tucanos, jamais deixou de favorecer o capital privado. Só escolheu seus
próprios “queridinhos” no mercado.
Como se vê, o quanto de novidade há no mais recente programa de privatizações
dá a medida dos objetivos da manobra que colocou Temer na Presidência. Os governos do
PT fizeram parte do golpe que suas viúvas tanto lamentam.
Leia também: Um golpe para renovar a
ilegitimidade
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