“Propaganda eleitoral inconsequente’ é o título do artigo
publicado pelo publicitário Chico Santa Rita no Globo, em 30/08/2016.
Alguns trechos:
Imagine a sua televisão em casa com
140 comerciais de 30 segundos de campanha eleitoral diários. Imagine que isso
dure 35 dias, ininterruptos.
... a maior parte da população
(classes C, D e E) se informa e baseia seu voto através do horário eleitoral.
Segundo o DataFolha de agosto/2014, 34% do total de eleitores julgam que ele é
“muito importante”; outros 29% o consideram “um pouco importante”.
...pesquisas publicadas e outras a que
temos tido acesso mostram que o eleitor(a) está muito apático... mas aguarda o
horário eleitoral para definir seu voto.
Em relação à mudança das regras para a propaganda
eleitoral na TV, ele esclarece que no modelo anterior, os comerciais que
apareciam durante a programação ocupavam 30 minutos diários em 45 dias. Pelas
novas regras, serão 35 dias durante 70 minutos. “O tempo da propaganda não foi
diminuído, mas sim concentrado e aumentado”, conclui o texto.
O que o artigo não diz é que uma das consequências mais graves
dessa mudança é o aumento da tendência a fazer campanhas no formato “propaganda
de sabão”. Um fenômeno que agrava a já enorme despolitização dos processos
eleitorais.
O que também não está no texto de Santa Rita é o que
disse Hitler em seu livro “Minha Luta”. Para ele, a propaganda política correta
deveria tomar como modelo uma peça publicitária de... sabão.
E não nos esqueçamos, Hitler chegou ao poder montado em
milhões de votos.
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